domingo, 21 de setembro de 2008

Semana de 15 a 21/09/2008 - Notícias

Zelai que é vosso.
Há uns trinta anos atrás, o Padre Joaquim de Assis Ferreira, em sua Crônica das Doze, uma das maiores audiências do rádio sertanejo, apelava para que o público zelasse pelos canteiros floridos das ruas do centro de Patos. “Zelai que é vosso” era o título da crônica. Esta semana nos surpreendemos por uma iniciativa particular que me fez lembrar a crônica de Padre Assis. O empresário João Leuson, presidente da Fundação Francisco Mascarenhas e das Faculdades Integradas de Patos, construiu uma bela casa, atrás do Colégio Cristo Rei, mas ao invés de construir um jardim para desfrute seu e de familiares e amigos, cercado por altos muros, resolveu criar, no meio-fio na frente e lateral da casa, um jardim que fosse compartilhado pelo público. Plantou árvores e grama que são cuidados diariamente por um jardineiro. Nas minhas caminhadas, esta semana, ao redor do Cristo Rei, observei o cuidado do jardineiro em irrigar as plantas. Faz gosto ver o jardim que ainda está em implantação.
Rodando depois pela cidade, surpreendi iniciativa semelhante em uma rua do Jardim Califórnia. Não sei quem teve a idéia primeiro, se João Leuson ou o morador do Jardim Califórnia. Ambas as iniciativas são louváveis. Já era comum, moradores cuidarem da árvore que fica em frente de sua casa. A novidade agora é que estão cuidando de todo o meio-fio, transformando-o em verdadeiros jardins. Quem nos dera que o antigo apelo de Padre Assis ecoasse e a cidade de Patos virasse um jardim. Pode parecer que haja desperdício da água, mas o clima da cidade certamente melhorará, com benefício para todos. E as plantas agradecem mesmo que a água tenha sido reutilizada. (LG)
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A volta da Bagaceira.
Há uns dois atrás, juntamente com o Baixinho da Bronca Livre e outros companheiros de imprensa, apelamos pela volta da tradicional Bagaceira. Nosso apelo não foi atendido em 2006, mas nos atenderam em 2007. Na última terça-feira, fomos ver como estava a bagaceira. Ela voltou na Festa de Setembro deste ano. Não com o esplendor antigo, quando várias barracas disputavam a preferência da freguesia. É ainda uma única barraca de palha, como no ano passado. Mas vale a pena dar uma passada por lá. Não há rolinha nem arribaçã assadas, o Ibama não deixaria. Mas tem uma cerveja gelada, uma pinga boa, um uísque honesto, vários tira-gostos à escolha do freguês e num ambiente limpo e agradável. E uma seleção de brega que ajuda a lembrar os velhos e bons tempos. O preço é honesto, sem exploração. O atendimento cortês, da dona às meninas bonitas que atendem nas mesas. Estivemos lá na terça, junto com Evilásio, parceiro de fiscalização (claro que fomos à noite, fora do horário de serviço, embora, na realidade, sempre estejamos em serviço). O temor do diabetes me refreou, mas o companheiro não se fez de rogado. Fomos cedo, cerca de dez da noite, mas o movimento já era razoável. Freguesia variada, mais pingunços do que doutores, mas sem balbúrdia. Tivemos o prazer de ser reconhecido por vários ouvintes do programa. Esperamos que a empresária se dê bem para que a bagaceira volte no próximo ano e, quem sabe, com maior número de barracas. Um detalhe. Ao que consta não houve nenhum apoio oficial, ao contrário do velhos tempos, quando Chico Sátiro “não sobrava para quem queria”, na organização de tudo. Vá lá, você também, matar as saudades e se divertir um pouco, sem excessos. Boa música, bebida honesta, tira-gosto decente e uma alegre companhia. (LG)
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Seções da 28ª Zona mudaram de localização.
O juiz responsável pela 28ª Zona Eleitoral, da Comarca de Patos, está comunicando aos eleitores das seções eleitorais mencionadas a seguir a transferência do local onde funcionarão as referidas seções. Seções 15, 27, 28, 30 e 31, que funcionavam no Colégio Geo, funcionarão na Escola Estadual Auzenir Lacerda, no Jardim Lacerda. Seções 45, 46, 47, 49, 50 e 51 que funcionavam na Escola Municipal Dr. José Genuino, funcionarão este ano na Escola Estadual Dom Fernando Gomes, na rua Paulo Leite, no bairro da Liberdade. As seções 13 e 132, que funcionavam no Instituto Dr. Dionísio da Costa, passarão a funcionar na Universidade Estadual da Paraíba (UEPb), na rua Cinco de Agosto. (LG)
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TV Correio realizou, ontem, na Câmara de Patos, debate entre candidatos a prefeito.
Com muita animação, por parte do público, realizou-se, ontem pela manhã, o debate promovido pela TV Correio da Paraíba, entre os candidatos a Prefeito de Patos, Dinaldo Wanderley, Isaac Newton, Maria do Socorro Marques e Nabor Wanderley. Dinaldo e Nabor polarizaram as atenções do público, diante da sua condição de polarizadores da campanha e mais fortes concorrentes. Cada lado acha que o seu candidato se saiu melhor, mas quem acompanhou o debate pela televisão pode fazer um julgamento melhor sobre como se conduziram os diversos candidatos. Houve quem apresentasse muitas realizações, além de propostas novas; quem renovasse mais promessas não cumpridas e outras novas do que realizações; e, finalmente, quem só tivesse promessas a apresentar, pelo menos em termos de cidade de Patos. Cabe ao eleitor/telespectador fazer o seu exame de consciência e escolher o que melhor convém à nossa cidade. (LG)
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Quatro personalidades “na disputa” para dar nome a um teatro invisível
(Wandeci Medeiros, no Patos Online)
É engraçado. Patos não tem um teatro. Tem apenas um esboço de um esboço de outro esboço que ainda nem está esboçado direito.
Ninguém sabe onde o teatro será, se é que será; ninguém sabe quando ele vai vir, se é que virá; ninguém sabe se ele será construído no século XXI ou no século XXII.
Resumindo: ninguém sabe de nada ainda, nadica de nada, no entanto já existem até enquetes para escolher o nome do teatro, já existem até requerimentos na Câmara Municipal e investimentos na bolsa de valores.
Os quatro nomes mais citados para dar nome ao teatro invisível são os do teatrólogo Lula Fragoso, do ex-gerente de cultura de Patos, recentemente falecido, Mário Soares; do ex-governador Ernani Sátyro, uma sugestão do vereador José Mota; e do poeta Tarcísio Meira César.
Numa enquete que vem sendo realizada pelo patosonline, no qual mais de três mil pessoas já opinaram, e aqui se dá um desconto porque se sabe que tem gente que vota 20 vezes, 40 vezes, 150 vezes, os números estão, no momento, na seguinte ordem:
Ernani Sátyro - 6.7%
Lula Fragoso – 31.6%
Mário Soares - 24.9%
Tarcísio Meira César - 36.7%
Como se percebe, nossos homens públicos são ótimos para dar nomes às coisas, são excelentes para tirar e colocar nomes, mas fazer, que é bom, nada. Nossa sugestão é que o nome escolhido para o teatro de teatro, por enquanto, seja o mais condizente com a realidade: Teatro Invisível.
Nem Shakespeare faria melhor.
Concordo com Wandecy em gênero, número e grau. Não discuto o mérito dos nomes lembrados. Todos com importante contribuição para a cultura patoense. Mas vamos primeiro iniciar o teatro. Depois se discute o nome. Por enquanto o melhor nome é o sugerido por Wandecy: Teatro Invisível. Como não há obras visíveis, crie-mo-las, ao menos no papel. (LG)
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Especialista em direito canônico virá à Patos em outubro analisar a viabilidade da beatificação da Menina Francisca
(Wandeci Medeiros, no Patos Online)
Em outubro Patos receberá a visita do Frei Chico, o maior especialista do Brasil em direito canônico. Ele virá avaliar a possibilidade de beatificação da Menina Francisca e deve chegar à Patos provavelmente no dia 11 de outubro, data em que se completa 85 anos da morte da Menina Francisca, assassinada brutalmente em Patos em 1923.
Os católicos de Patos acreditam piamente que a Menina Francisca pode ser beatificada. Primeiro porque os relatos de seus “milagres” não são poucos e são exaustivamente comentados e exagerados pela tradição oral; segundo, porque no Parque Religioso Cruz da Menina se pode ver milhares de bilhetes e próteses de pessoas que pagam promessas e afirmam ter recebidos milagres da Menina. O povo já canonizou a Menina há muito tempo. Um terceiro motivo, segundo seus devotos, é o fato da menina ter morrido com apenas nove anos, ou seja, ela morreu pura, sem ser maculada pelo pecado.
Existe um movimento em Patos que luta pela beatificação da Menina Francisca. Segundo o jornalista Damião Lucena, um dos defensores da beatificação, a vinda do Frei Chico é justamente para que a cidade saiba se a Menina preenche, de fato, todos os requisitos para uma beatificação e posteriormente, canonização. “O Frei Chico está vindo justamente para isso. Para dizer se a Menina Francisca realmente tem condições de ser beatificada", disse o jornalista.
Sites da igreja Católica alertam que não se deve confundir beatificação com canonização, pois a beatificação é uma etapa no processo de canonização. A canonização pode ocorrer mais tarde, sendo a beatificação apenas uma primeira etapa, mas não menos importante no processo.
A questão da beatificação da Menina Francisca deve ser tratada com todo cuidado. A Igreja é muito criteriosa nestes processos. Analisa com cuidado a vida do candidato, suas virtudes cristãs, as circunstâncias de sua morte, os milagres que lhe são atribuídos. Não basta a crendice popular em torno de um pretenso santo. Há um caso conhecido no México de um criminoso que é tido como santo pelo povo, que faz promessas para ele, que lhe atribui milagres e cuja capela é objeto de romaria. Mas parece que a sua vida não foi tão santa assim. Não é o caso, claro, da Menina Francisca. O povo acredita nas suas virtudes cristãs, mas isso terá que ser provado. Seria ótimo para nós ter um santo aqui tão perto. Mas não se deve criar uma falsa expectativa, para não termos uma decepção posterior. Que os interessados na causa procurem saber o que tem que ser provado e comecem a reunir elementos para provar que Francisca atende os requisitos da Igreja. Há um processo para provar que a pessoa viveu as virtudes cristãs em grau heróico ou sofreu o martírio por causa da fé. Concluído este processo, o candidato é considerado venerável. No caso de se provar que o candidato viveu as virtudes cristãs em grau heróico, é aberto um novo processo em que se deve provar um milagre que tenha ocorrido com invocação do candidato. Provado este milagre ele será beatificado. No caso de martírio não se abre o segundo processo. A beatificação vem em seguida. Um processo final deverá ser aberto para provar um milagre que justifique a canonização. Este milagre tem que ter ocorrido depois da beatificação. Aprovado este segundo milagre, o candidato será declarado santo, no chamado processo de canonização. Os processos são muito lentos e talvez nossa geração não os veja chegar ao fim, no caso da Menina Francisca. Padre Anchieta morreu em 1597, mas só em 1980 (trezentos e oitenta e três anos depois) foi beatificado. Quase trinta anos depois, continua beato. O primeiro santo nascido no Brasil, Santo Antônio Galvão, morreu em 1822, foi beatificado em 1998 e só em 2007 foi canonizado. (LG)
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Noticiário da Câmara de Patos
A Câmara continua no recesso branco de que só deverá retornar após as eleições.

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