domingo, 6 de janeiro de 2008

Aumento de impostos é necessário para ajustar orçamento.
Muita gente tem criticado o governo por aumentar alguns impostos como forma de compensar o corte da CPMF. Mas como diz a sabedoria popular “ninguém faz omelete sem quebrar os ovos” ou o axioma econômico também de cunho popular “governo não fabrica dinheiro”. O que queriam os responsáveis pela extinção da CPMF e seus acólitos? O governo tinha preparado o orçamento 2008, considerando os quarenta bilhões de reais arrecadados através da CPMF. Agora, para ajustar o orçamento, tem que ir buscar o dinheiro que substitua a CPMF em outra parte. Ou então reduzindo os gastos. O caminho talvez seja o meio termo. Reduzir gastos, cortar investimentos e aumentar impostos. Só que aí começa a chiadeira. Ao reduzir gastos um dos primeiros atingidos são os funcionários públicos, cujos reajustes o governo anunciou que iria suspender. Para cortar investimentos, o governo vai ter que reduzir as verbas destinadas às emendas parlamentares, foco de gritaria geral, principalmente em ano de eleição. Ao aumentar impostos, reclamam os empresários e os ricos, porque vão ter que pagar mais. Entre os empresários atingidos, estão os donos de bancos, os queridinhos dos senadores que votaram contra a CPMF. Agora, o governo tem que administrar este angu. Mas os parlamentares que votaram contra a CPMF vão ter que pagar o preço pelo angu que cozinharam. Além do corte das verbas que pretendiam ver utilizadas por seus redutores eleitorais, importantes num ano de eleição, vão ter que enfrentar a fúria dos funcionários públicos federais. Efraim Morais e Cícero Lucena estão nos devendo uma conta que lhes custará caro. Não adianta vir com desculpas esfarrapadas. Ao votarem contra a CPMF os dois senadores paraibanos prejudicaram os programas sociais do governo, os programas de saúde e, por via, indireta os funcionários públicos federais, em cujo espinhaço vai cair uma parte da conta para cobrir a falta da CPMF.

O que quer Gilvan Freire?
Meu velho amigo Gilvan Freire está pisando na bola. Ninguém sabe o que ele quer. Talvez quem tenha feito a análise mais contundente sobre Gilvan Freire tenha sido Efraim Morais. Gilvan andou fazendo criticas nos últimos dias a Efraim, Cícero Lucena e Dinaldo Wanderley. Efraim, em recentes declarações a imprensa, disse que Gilvan não merecia nem resposta. Segundo Efraim, o ex-deputado está sem mandato, sem cargos e sem votos. E está se colocando a serviço dos governos de plantão. É partidário de Lula em Brasília, de Cássio na Paraíba, de Ricardo Coutinho em João Pessoa, de Veneziano em Campina Grande e de Nabor em Patos. Segundo Efraim, tudo leva a pensar que Gilvan está procurando algum cargo oficial, em qualquer governo, em qualquer lugar.
Efraim estranhou também as críticas que Gilvan fez a Cícero Lucena a quem até pouco tempo chamava de “compadre”, “a quem devia tudo”.
Outra crítica recente de Gilvan foi ao deputado Dinaldo Wanderley que se encarregou de responder a Gilvan em recente programa de rádio. Dinaldo disse que Gilvan disse que não votaria em Dinaldo por que Dinaldo não teria votado nele nas últimas eleições. Dinaldo retrucou que Gilvan se lançou candidato a deputado estadual e, só depois, resolveu se lançar candidato a deputado federal e que então, ele (Dinaldo) já estava comprometido com a candidatura de Ronaldo Cunha Lima. O atual deputado disse ainda que Gilvan votar contra ele não era novidade, pois nunca contara com o voto do ex-deputado. Que, por sinal, na última eleição já votou em Nabor Wanderley. Em contato com colegas da imprensa, Dinaldo disse que a maioria das lideranças patoenses que votaram em Gilvan hoje estão com ele (Dinaldo) e votam nele para prefeito de Patos. Aliás, a conclusão é nossa, com os ataques a Dinaldo, Gilvan vai terminar se indispondo com muitos amigos e levar quase nada no seu pretenso apoio a Nabor.

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