quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Outras notícias deste 24/09/08 sobre eleições 2008

O Ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal Eleitoral, negou seguimento ao Recurso Especial (RESPE 31269) em que o candidato a vereador do PCdoB de Patos, Rildean da Silva Pires, pretendia anular a decisão da Justiça local, confirmada pelo TRE/PB que indeferiu o seu pedido de registro, por não haver comparecido ao plebiscito sobre a venda de armas. Com isso fica impugnada a candidatura do referido vereador, cujo partido ainda poderá providenciar um substituto. Os demais processos que interessam à região, casos do deputado Dinaldo Wanderley (candidato a prefeito de Patos), Rosalba Nóbrega (candidata a prefeita de São José do Bonfim), José Afonso (candidato a prefeito em Santa Terezinha) e Alexandre Remigio (candidato a prefeito em Emas), entre outros, deverão ser analisados na última sessão ordinária prevista para esta quinta-feira, 25/09/2008, último prazo para que todos os recursos sejam decididos pelo TSE.

Notícias das eleições 2008 (24/09/08)

Recurso do deputado Dinaldo Wanderley contra o indeferimento de registro de sua candidatura a prefeito de Patos pela justiça local, decisão confirmada pelo TRE, foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral como RESPE 32837 nesta terça-feira, 23/09/2008, tendo sido distribuído para o Ministro Joaquim Barbosa. O recurso especial foi remetido, às 13:30 hs deste dia 24/09/08, para a Procuradoria Geral Eleitoral para o parecer do procurador, após o que retornará para o ministro-relator que proferirá a sua decisão.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Notícias das eleições 2008

TSE defere registros após reafirmar competência exclusiva de Câmara Municipal para apreciar contas de prefeito
22 de setembro de 2008 - 22h11

Num julgamento que tomou boa parte da sessão extraordinária da noite desta segunda-feira (22), os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram, por quatro votos a três, que cabe somente às Câmaras Municipais o julgamento das contas prestadas pelos prefeitos, tendo como órgão auxiliar o Tribunal de Contas do próprio município ou do estado.

O presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, votou no sentido de que o sistema de prestação de contas seria misto – submetendo-se a prestação anual de contas ao julgamento político dos vereadores e, ao Tribunal de Contas, nos casos em que o prefeito atuasse como ordenador de despesas. Mas seu posicionamento foi vencido, tendo sido acompanhado pelos ministros Joaquim Barbosa e Felix Fischer.

Foi mantida a atual jurisprudência do TSE segundo a qual a fiscalização do município é exercida pelo Poder Legislativo municipal, mediante controle externo, com auxílio do Tribunal de Contas, cujo parecer só poderá ser rejeitado por maioria qualificada de dois terços dos vereadores. A norma está expressa no artigo 31 da Constituição.

Mas, para a corrente vencida, deveria ser aplicado à esfera municipal o disposto no artigo 71 da mesma Constituição, segundo o qual compete ao Tribunal de Contas julgar contas dos administradores de dinheiro, bens e valores públicos e ainda as contas daqueles que derem causa à perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

A decisão foi tomada em recursos apresentados por dois candidatos a prefeito – José Edivan Félix e Luiz Ademir Hessmann, que concorrem nos municípios de Catingueira (PB) e Ituporanga (SC), respectivamente. Em gestões anteriores, ambos tiveram contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas, e por isso seus registros como candidatos foram indeferidos pelos TREs da Paraíba e de Santa Catarina após impugnação do Ministério Público Eleitoral.

No caso específico do candidato de Catingueira, o TRE da Paraíba declarou a inelegibilidade de José Edvan Félix com base em acórdãos do Tribunal de Contas do estado, que imputaram débitos e multas ao candidato impugnado por atos de gestão ilegítimos e anti-econômicos, que caracterizariam irregularidade insanável para efeito de deferimento de registro, segundo a Corte regional.

Nos recursos ao TSE, os dois candidatos alegaram que as Cortes regionais aplicaram dispositivos legais e constitucionais em violação a seus direitos, uma vez que a competência exclusiva para o julgamento das contas é da Câmara Municipal. Os recursos foram acolhidos pelos respectivos relatores – ministros Marcelo Ribeiro e Arnaldo Versiani – e o ministro Carlos Ayres Britto pediu vista dos autos. O julgamento dos dois recursos foi concluído hoje, tendo prevalecido o voto dos relatores.

domingo, 21 de setembro de 2008

Notícias sobre eleições 2008

O candidato a vereador Rildian da Silva Pires teve o seu registro negado em Patos por não ter apresentado quitação eleitoral referente ao referendo sobre a venda de armas. Rildian nem compareceu, nem justificou, nem pagou a multa. Seu recurso contra a decisão da Justiça local foi negado pelo TRE/PB. Rildian recorreu ao TSE onde seu recurso foi distribuído para o Ministro Félix Fischer, com parecer contrário do Ministério Público Eleitoral. Em processo semelhante, o Ministro Joaquim Barbosa negou registro a Edson Olegário, prefeito de Camboriú (SC) que foi assim impedido de concorrer à reeleição.

O registro da candidatura de José Afonso Gaioso Filho a prefeito de Santa Terezinha também foi indeferido pela Justiça local por contas rejeitas e seu recurso também foi recusado pelo TRE/PB. O recurso (RESPE Nº 32162) ao Tribunal Superior Eleitoral foi distribuído ao Ministro Joaquim Barbosa, mas ainda aguarda parecer do Ministério Público Eleitoral.

Também tramitando no Tribunal Superior Eleitoral o processo de registro da candidatura de Rosalba Gomes da Nóbrega a prefeita de São José do Bonfim, indeferido pela Justiça local e com recurso não aceito pelo Tribunal Regional Eleitoral. No TSE o recurso (RESPE Nº 31008) tem como relator o Ministro Eros Grau e já foi remetido ao seu gabinete com parecer contrário do Ministério Público Eleitoral. A impugnação de Rosalba se deve ao seu parentesco com o atual prefeito Miguel Motta.

Alexandre Henrique Remígio Loureiro, também com contas rejeitadas, recorreu ao TRE de decisão da Justiça Eleitoral de Piancó que não acatou o seu registro como candidato a prefeito de Emas. TRE/PB confirmou decisão da Justiça de primeira instância e Alexandre recorreu ao TSE onde o recurso (RESPE Nº 32155) foi distribuído para o Ministro Eros Grau, mas não tem ainda o parecer do Ministério Público Eleitoral.

Recurso do deputado Dinaldo Wanderley contra o indeferimento de registro de sua candidatura a prefeito de Patos pela justiça local, decisão confirmada pelo TRE, foi expedido para o Tribunal Superior Eleitoral na última sexta-feira, 19/09/2008.

De acordo com o calendário eleitoral, até próxima quinta-feira, 25/09/2008, “todos os recursos sobre pedidos de registro de candidatos devem estar julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral e publicadas as respectivas decisões”. Para dar conta das centenas de recursos pendentes, o TSE deverá realizar sessões plenárias extraordinárias na segunda e na quarta, além das plenárias ordinárias previstas para terça e quinta-feiras.

Semana de 15 a 21/09/2008 - Registros

1. Faleceu na segunda-feira, o empresário José Gouveia Souto. Filho de Euclides Gouveia de Lima e Marina Souto Gouveia, Zé Gouveia tinha 68 anos de idade, feitos o mês passado (era de 13/08/1940). Foi casado com Diraci Gomes e com Marta Lucena, tendo deixando seis filhas: Andréia, Débora, Paula Cristiane, Lúcia Helena, Tamires e Carol. Zé Gouveia trabalhou na Rádio Espinharas na década de sessenta, assim como seus irmãos Batista, Fildani e Petrônio Gouveia. Era também irmão de Adilson, Marinete, Maria das Neves (Menina Nova, já falecida), Toinho e Gouveinha. Zé residiu durante muitos anos em Recife onde foi piloto de aviões (assim como são Batista e Gouveinha hoje) e empresário do ramo de combustíveis para aeronaves. Em Patos se dedicou durante vários anos à produção de brita. O sepultamento de Zé Gouveia com grande acompanhamento de amigos seus e da família, aconteceu na manhã da última terça-feira, no cemitério de São Miguel, em Patos. A todos os familiares as nossas condolências (minhas e de Arlene), juntamente com as manas Fátima e Leda, em virtude de antiga amizade que nos une a toda a família.
2. Registramos o falecimento na última quinta-feira, na capital do Estado, do empresário de ramo de material de construção, Beto Pezão, filho do empresário Chico Pezão. Muito jovem ainda, Beto faleceu após cirurgia a que se submeteu. O sepultamento de Beto aconteceu ontem em Patos. Minhas condolências a todos os familiares.
3. Aniversaria, amanhã, 22/09, José, filho dos meus compadres Luiz Paca e Neta. Zé Paca, nome com que é conhecido nas vaquejadas da região, é um promissor derrubador de gado, secundado pelo meu afilhado Tiago, que faz esteira para o irmão. Parabéns daqui para José, que completou dezenove anos, dos pais, dos manos Luciana (a Maria), Lucivânia (a Nenen) e de Tiago. Dos avós Vicente e Lu, dos tios Carlos Antônio, Carmiolanda e Pedro Neto, dos primos e do povo lá de casa.
4. Quem também aniversaria amanhã, 22/09, é meu velho amigo Antônio Caetano da Mata-fome, espécie de ouvinte-símbolo do programa, que nos escuta desde a primeira Revista, entre 1972 e 1974, ou seja há mais de trinta e cinco anos. Antônio Caetano tem quase noventa anos e não perde o programa por nada no mundo. Parabéns meus, de todos os meus e dos que fazem o programa. E claro, de filhos, netos e bisnetos.
5. No próximo dia 23 de setembro, terça-feira, está fazendo dois anos da morte do nosso velho e querido amigo José Humberto de Farias Soares, para a família Beto, para os amigos Jacaré. Beto era filho dos meus amigos Everson e Dona Nenen, comerciantes na Rodoviária de Patos. Nos próximos dias a família manda rezar missas em sufrágio de sua alma em igrejas de Taperoá (onde nasceu), Campina Grande, Currais Novos (onde residia), Caruaru e Patos. A missa de Patos deve ser no próximo domingo, 28 de setembro.
6. Na próxima sexta-feira, 26/09, é o aniversário de Socorro Ferreira de
Sousa
, filha dos meus amigos Orlando e Raimunda, residentes lá na Malhada de Pedra. Parabéns dos pais, manos e sobrinhos. E também os nossos.

Semana de 15 a 21/09/2008 - Opinião

Quem se elege vereador em Patos?
Depois do comentário que fiz no domingo, 14/09, sobre a importância do voto de vereador, muita gente me cobrou, esta semana (que passei trabalhando na região), quem tem chances de se eleger vereador patoense, nas próximas eleições.
Quem sou eu para fazer prognósticos desta natureza, principalmente porque tenho estado fora de Patos, sem acompanhar a campanha política.
Tentarei, entretanto, analisar aqui alguns fatos, para que o ouvinte faça, ele próprio, uma avaliação.
Em 2004, embora tenha perdido as eleições para prefeito, o grupo que apoiava Dineudes fez a maioria da nossa Câmara: seis vereadores contra quatro da atual situação.
Logo no início da atual administração, pelo menos quatro dos vereadores de oposição foram atraídos para a base do prefeito, com aqueles atrativos que o poder tem a oferecer e outros mais consistentes, de que se tem notícia. O prefeito passou a ter uma folgada maioria, diante de uma oposição enfraquecida, porém atenta e atuante. E de um vereador independente que não desapontou os seus eleitores.
Dos atuais vereadores nove tentam a reeleição. Um deles de volta ao redil inicial apóia a reeleição de um companheiro de Câmara. A velha acusação de traição e de venalidade que acompanha os que mudam de partido é lembrada por quem analisa as possibilidades dos que mudaram de lado. A tradição do eleitorado patoense é punir quem trai. Dos acusados de mudar de posição, dois tentam se encaixar no novo partido, embora muitos lembrem que, quem muda, nunca goza de muita confiança no novo ninho, nem é perdoado pelos que se julgam traídos. Um terceiro nome é dado como tendo voltado ao velho ninho. Não se sabe é se os antigos aliados lhe perdoarão o “vai-e-vem”.
Dos que permaneceram, onde sempre estiveram, quase todos são dados como reeleitos, embora alguns estejam sujeitos a uma “briga-de-foice-no-escuro”. Na oposição podem surgir novos nomes para suprir a falta dos infiéis que forem punidos. Entre estes novos nomes, podem estar figuras conhecidas de outras eleições, oriundos do chapão formado por suplentes e ex-vereadores. Na situação, nomes bem abonados financeiramente podem ser a grande surpresa da futura Câmara. Não estou dizendo que estes capitalizados vão comprar votos (a Justiça está atenta). Mas eles têm condições de uma divulgação mais intensa e de manter equipes de cabos eleitorais mais numerosas e articuladas. Dois dos “trens-pagadores” das eleições passadas voltam com esta fama. Um deles conseguiu se fazer notar nos últimos quatro anos, o que pode facilitar sua volta. A outra figura, com atuação pouco notada, terá que repetir o esforço de 2004 e conta com uma equipe talvez mais experiente.
A “briga-de-foice-no-escuro” acontece, principalmente, na situação.
Tem muito “puxador” de voto para um número reduzido de vagas possíveis. São uns dez puxadores de votos para as cinco ou seis vagas projetadas. Isso não quer dizer que na oposição não haja acirramento de disputas. A disputa é que é mais silenciosa, sem os holofotes que a proximidade do poder proporciona.
Dentro da “briga-de-foice-no-escuro” da situação há uma briga localizada, envolvendo pelo menos quatro vereadores. Disputam a eleição, a condição de mais votado e o comando da futura mesa da Câmara. Nesta briga, os ânimos estão tão exaltados que podem deixar seqüelas. Como alguns já partiram para o plano pessoal, há quem não freqüente mais o mesmo palanque, quem trabalhe em faixa própria e quem garanta que não vota em determinado correligionário em uma futura eleição da mesa da Câmara. Como alguns acusam a direção partidária de tomar partido, a coisa pode ficar incontrolável.
O ouvinte pode achar que deixei mais perguntas do que respostas. Todos hão de entender, entretanto, que a legislação eleitoral me impede de ser mais claro do que fui. Quem conhece os subterrâneos da política patoense há de me ter entendido. As dúvidas suscitarão o debate.
Num chute ou projeção, como queiram, acredito que em torno de sessenta por cento nos nove que concorrem à reeleição conseguirá se reeleger. Só não queiram que eu diga quem são. Nem que a Justiça me permitisse nomeá-los eu saberia dizer. Na situação, pelo menos quatro devem voltar. Na oposição dois têm muita chance. Mais do que isso não posso falar.
Dois dos novos, abonados, são dados como tendo eleição certa. Resta saber se souberam investir. Há também um nome forte por conta de longa tradição familiar e participação no trabalho de uma importante pasta social. Alguns candidatos que não obtiveram sucesso em tentativas anteriores podem ter mais sorte agora, principalmente no campo da esquerda, de onde, pelo menos um vereador deve sair.
O ouvinte talvez me pergunte em que me baseio para fazer as previsões, se confessei está por fora da campanha política. Em duas coisas. Nas conversas com analistas locais e na história da política patoense que tenho acompanhado nos últimos quarenta anos. Há candidatos a vereador que têm uma base e que, em cima dela, buscam novos eleitores. Esta base pode ser uma comunidade em que trabalham há muitos anos, um partido a que sempre manifestaram fidelidade, uma categoria comum entre eleitor e candidato (se algumas classes não fossem tão desunidas poderíamos ter surptesas), uma atuação boa em mandatos anteriores, um vasto círculo de amizades e até um investimento bem feito. Alguns juntam mais de uma circunstância. Há candidatos com base em um determinado bairro e fidelidade canina a um partido. Conta com dois fatores favoráveis o que tem garantido sua permanência na política. Outros que têm dinheiro e uma base razoável, também podem se manter no posto.
Alguns outros fatores novos têm que ser levados em consideração. As comunidades mais antigas são mais fiéis do que as novas. Os correligionários antigos são mais fiéis do que os novos. A gratidão pessoal hoje é cada vez mais frágil. Os amigos antigos são mais firmes. Um fenômeno novo: a juventude influi mais sobre os pais do que estes sobre os filhos. O eleitor de primeira eleição é mais confiável do que o eleitor que participou de mais competições (verdadeiro desde os tempos de Vigolvino). Partido antigo tem mais influência no voto do que partido novo. Partido ideológico só PT, PCdoB e, ocupando novos espaços, o PSB (na esteira de Ricardo Coutinho), com influência, entretanto, ainda diluída. Há uma fulanização da política. É cada vez menor o número de eleitores que vota pelo partido. A maioria volta em “fulano”. Por sinal, você sabe de que partido é seu candidato a prefeito? E o seu vereador? Em que partido você votou na última eleição?
E para concluir. Com relação à qualidade dos que podem voltar e dos que podem vir como novidade, que me perdoem. Nada posso avançar. Torço por que haja mais “canários” do que “papa-sebos”. Espero que, pelo menos, três canários voltem. Uns dois galos de campina. E livrai-nos dos “papa-sebos”. Que, entre os novos, alguns nos surpreendam e não “façam feio”, na “gaiola-de-ouro”.
A nós eleitores cabe fazermos a nossa parte. Votar naqueles que possam melhor nos representar na Casa de Juvenal Lúcio de Sousa. Cada povo tem os representantes que merece. O terceiro maior centro universitário do Estado, capital do Sertão em todos os sentidos, não pode passar a vergonha de ter vereadores despreparados para a função, venais e subservientes e sem nenhum compromisso com os interesses da comunidade. (LG)
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Confusão do trânsito não foi provocada pela STTRANS.
A semana passada veiculamos aqui várias críticas, nossas e de terceiros, sobre a confusão existente no trânsito de Patos agora durante a festa da Padroeira. Alguns ouvintes entenderam que tínhamos alguma coisa contra a administração da STTRANS que sofre bombardeio intenso por parte de determinados setores ligados à administração municipal. Segundo eles, algumas lideranças da situação teriam inclusive pedido a cabeça do atual superintendente por conta de apoio que a família dele dá a um candidato do partido, mas diferente de um outro privilegiado pela cúpula partidária. Longe de mim fornecer combustível para “fritar” qualquer autoridade. Quem nos acompanha no programa sabe que sempre temos apoiado a STTRANS em todas as medidas positivas tomadas desde o início da atual administração, inclusive algumas encaradas, inicialmente, com antipatia como a mão única da rua Irineu Jóffily e a zona azul. Medidas tomadas por Rildean, nosso velho conhecido, e medidas tomadas pelo Dr. Corsino, a quem sequer conhecemos pessoalmente, foram elogiadas e apoiadas por nós, que também os criticamos quando não concordávamos com outras medidas.
As decisões tomadas com relação aos locais utilizados pela Festa da Padroeira parece que foram tomadas unilateralmente, de acordo com reclamação feita pelo próprio Delegado Regional da Polícia Civil que foi surpreendido com a interdição da parte fronteira às delegacias distritais, na rua Bossuet Wanderley, com risco até para a eficiência da ação policial, segundo o Dr. Marcos Vasconcelos.
E tudo indica que as autoridades de trânsito também não foram ouvidas. A interdição de uma das faixas da Solon de Lucena e Epitácio Pessoa (diferente da faixa interditada em ocasiões anteriores) foi um absurdo que até quem não é especialista está vendo. O tráfego que vem de Cajazeiras e Campina Grande e busca o Vale do Piancó e a Serra do Teixeira tem fluxo normal pela Pedro Firmino e pela Leôncio Wanderley seguindo direto até alcançar a Felizardo Leite ou a Pedro Segundo, sem precisar passar pelo Centro da cidade (Solon de Lucena e Epitácio Pessoa). A outra faixa destas duas ruas era vital para o tráfego de quem vem de Teixeira e Piancó, principalmente, durante o dia. A interdição da faixa da Igreja da Conceição em diante está provocando engarrafamentos na rua do Prado e grandes transtornos para os veículos grandes que são obrigados a trafegar por ruas estreitas como parte da Deodoro da Fonseca, Tiradentes, Miguel Sátiro e adjacências.
Qualquer que seja a próxima administração tem que encarar o problema com responsabilidade. O centro de Patos não pode ser interditado por qualquer evento religioso ou social. O porte da nossa cidade e a intensidade de nosso trânsito, inclusive com veículos pesados não permite improvisações. O próprio vigário da Catedral, Padre Expedito, já admitiu transferir a parte social da festa para o Terreiro do Forró ou outra praça de eventos que o substitua, desde que a população seja consultada. As solenidades religiosas campais ligadas à Catedral já tem o seu espaço com o largo criado ao lado da nossa Igreja Maior, como o têm as demais Matrizes da cidade.
Não temos nada com a briga de bastidores em que se visa retaliar o dirigente da STTRANS por apoiar candidato diferente dos privilegiados da cúpula, embora da mesma filiação partidária. Eles que são brancos que se entendam. Também não temos intenção de fornecer combustível para alimentar esta briga, cujo desfecho revelará quem é quem na administração. (LG)

Semana de 15 a 21/09/2008 - Notícias

Zelai que é vosso.
Há uns trinta anos atrás, o Padre Joaquim de Assis Ferreira, em sua Crônica das Doze, uma das maiores audiências do rádio sertanejo, apelava para que o público zelasse pelos canteiros floridos das ruas do centro de Patos. “Zelai que é vosso” era o título da crônica. Esta semana nos surpreendemos por uma iniciativa particular que me fez lembrar a crônica de Padre Assis. O empresário João Leuson, presidente da Fundação Francisco Mascarenhas e das Faculdades Integradas de Patos, construiu uma bela casa, atrás do Colégio Cristo Rei, mas ao invés de construir um jardim para desfrute seu e de familiares e amigos, cercado por altos muros, resolveu criar, no meio-fio na frente e lateral da casa, um jardim que fosse compartilhado pelo público. Plantou árvores e grama que são cuidados diariamente por um jardineiro. Nas minhas caminhadas, esta semana, ao redor do Cristo Rei, observei o cuidado do jardineiro em irrigar as plantas. Faz gosto ver o jardim que ainda está em implantação.
Rodando depois pela cidade, surpreendi iniciativa semelhante em uma rua do Jardim Califórnia. Não sei quem teve a idéia primeiro, se João Leuson ou o morador do Jardim Califórnia. Ambas as iniciativas são louváveis. Já era comum, moradores cuidarem da árvore que fica em frente de sua casa. A novidade agora é que estão cuidando de todo o meio-fio, transformando-o em verdadeiros jardins. Quem nos dera que o antigo apelo de Padre Assis ecoasse e a cidade de Patos virasse um jardim. Pode parecer que haja desperdício da água, mas o clima da cidade certamente melhorará, com benefício para todos. E as plantas agradecem mesmo que a água tenha sido reutilizada. (LG)
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A volta da Bagaceira.
Há uns dois atrás, juntamente com o Baixinho da Bronca Livre e outros companheiros de imprensa, apelamos pela volta da tradicional Bagaceira. Nosso apelo não foi atendido em 2006, mas nos atenderam em 2007. Na última terça-feira, fomos ver como estava a bagaceira. Ela voltou na Festa de Setembro deste ano. Não com o esplendor antigo, quando várias barracas disputavam a preferência da freguesia. É ainda uma única barraca de palha, como no ano passado. Mas vale a pena dar uma passada por lá. Não há rolinha nem arribaçã assadas, o Ibama não deixaria. Mas tem uma cerveja gelada, uma pinga boa, um uísque honesto, vários tira-gostos à escolha do freguês e num ambiente limpo e agradável. E uma seleção de brega que ajuda a lembrar os velhos e bons tempos. O preço é honesto, sem exploração. O atendimento cortês, da dona às meninas bonitas que atendem nas mesas. Estivemos lá na terça, junto com Evilásio, parceiro de fiscalização (claro que fomos à noite, fora do horário de serviço, embora, na realidade, sempre estejamos em serviço). O temor do diabetes me refreou, mas o companheiro não se fez de rogado. Fomos cedo, cerca de dez da noite, mas o movimento já era razoável. Freguesia variada, mais pingunços do que doutores, mas sem balbúrdia. Tivemos o prazer de ser reconhecido por vários ouvintes do programa. Esperamos que a empresária se dê bem para que a bagaceira volte no próximo ano e, quem sabe, com maior número de barracas. Um detalhe. Ao que consta não houve nenhum apoio oficial, ao contrário do velhos tempos, quando Chico Sátiro “não sobrava para quem queria”, na organização de tudo. Vá lá, você também, matar as saudades e se divertir um pouco, sem excessos. Boa música, bebida honesta, tira-gosto decente e uma alegre companhia. (LG)
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Seções da 28ª Zona mudaram de localização.
O juiz responsável pela 28ª Zona Eleitoral, da Comarca de Patos, está comunicando aos eleitores das seções eleitorais mencionadas a seguir a transferência do local onde funcionarão as referidas seções. Seções 15, 27, 28, 30 e 31, que funcionavam no Colégio Geo, funcionarão na Escola Estadual Auzenir Lacerda, no Jardim Lacerda. Seções 45, 46, 47, 49, 50 e 51 que funcionavam na Escola Municipal Dr. José Genuino, funcionarão este ano na Escola Estadual Dom Fernando Gomes, na rua Paulo Leite, no bairro da Liberdade. As seções 13 e 132, que funcionavam no Instituto Dr. Dionísio da Costa, passarão a funcionar na Universidade Estadual da Paraíba (UEPb), na rua Cinco de Agosto. (LG)
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TV Correio realizou, ontem, na Câmara de Patos, debate entre candidatos a prefeito.
Com muita animação, por parte do público, realizou-se, ontem pela manhã, o debate promovido pela TV Correio da Paraíba, entre os candidatos a Prefeito de Patos, Dinaldo Wanderley, Isaac Newton, Maria do Socorro Marques e Nabor Wanderley. Dinaldo e Nabor polarizaram as atenções do público, diante da sua condição de polarizadores da campanha e mais fortes concorrentes. Cada lado acha que o seu candidato se saiu melhor, mas quem acompanhou o debate pela televisão pode fazer um julgamento melhor sobre como se conduziram os diversos candidatos. Houve quem apresentasse muitas realizações, além de propostas novas; quem renovasse mais promessas não cumpridas e outras novas do que realizações; e, finalmente, quem só tivesse promessas a apresentar, pelo menos em termos de cidade de Patos. Cabe ao eleitor/telespectador fazer o seu exame de consciência e escolher o que melhor convém à nossa cidade. (LG)
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Quatro personalidades “na disputa” para dar nome a um teatro invisível
(Wandeci Medeiros, no Patos Online)
É engraçado. Patos não tem um teatro. Tem apenas um esboço de um esboço de outro esboço que ainda nem está esboçado direito.
Ninguém sabe onde o teatro será, se é que será; ninguém sabe quando ele vai vir, se é que virá; ninguém sabe se ele será construído no século XXI ou no século XXII.
Resumindo: ninguém sabe de nada ainda, nadica de nada, no entanto já existem até enquetes para escolher o nome do teatro, já existem até requerimentos na Câmara Municipal e investimentos na bolsa de valores.
Os quatro nomes mais citados para dar nome ao teatro invisível são os do teatrólogo Lula Fragoso, do ex-gerente de cultura de Patos, recentemente falecido, Mário Soares; do ex-governador Ernani Sátyro, uma sugestão do vereador José Mota; e do poeta Tarcísio Meira César.
Numa enquete que vem sendo realizada pelo patosonline, no qual mais de três mil pessoas já opinaram, e aqui se dá um desconto porque se sabe que tem gente que vota 20 vezes, 40 vezes, 150 vezes, os números estão, no momento, na seguinte ordem:
Ernani Sátyro - 6.7%
Lula Fragoso – 31.6%
Mário Soares - 24.9%
Tarcísio Meira César - 36.7%
Como se percebe, nossos homens públicos são ótimos para dar nomes às coisas, são excelentes para tirar e colocar nomes, mas fazer, que é bom, nada. Nossa sugestão é que o nome escolhido para o teatro de teatro, por enquanto, seja o mais condizente com a realidade: Teatro Invisível.
Nem Shakespeare faria melhor.
Concordo com Wandecy em gênero, número e grau. Não discuto o mérito dos nomes lembrados. Todos com importante contribuição para a cultura patoense. Mas vamos primeiro iniciar o teatro. Depois se discute o nome. Por enquanto o melhor nome é o sugerido por Wandecy: Teatro Invisível. Como não há obras visíveis, crie-mo-las, ao menos no papel. (LG)
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Especialista em direito canônico virá à Patos em outubro analisar a viabilidade da beatificação da Menina Francisca
(Wandeci Medeiros, no Patos Online)
Em outubro Patos receberá a visita do Frei Chico, o maior especialista do Brasil em direito canônico. Ele virá avaliar a possibilidade de beatificação da Menina Francisca e deve chegar à Patos provavelmente no dia 11 de outubro, data em que se completa 85 anos da morte da Menina Francisca, assassinada brutalmente em Patos em 1923.
Os católicos de Patos acreditam piamente que a Menina Francisca pode ser beatificada. Primeiro porque os relatos de seus “milagres” não são poucos e são exaustivamente comentados e exagerados pela tradição oral; segundo, porque no Parque Religioso Cruz da Menina se pode ver milhares de bilhetes e próteses de pessoas que pagam promessas e afirmam ter recebidos milagres da Menina. O povo já canonizou a Menina há muito tempo. Um terceiro motivo, segundo seus devotos, é o fato da menina ter morrido com apenas nove anos, ou seja, ela morreu pura, sem ser maculada pelo pecado.
Existe um movimento em Patos que luta pela beatificação da Menina Francisca. Segundo o jornalista Damião Lucena, um dos defensores da beatificação, a vinda do Frei Chico é justamente para que a cidade saiba se a Menina preenche, de fato, todos os requisitos para uma beatificação e posteriormente, canonização. “O Frei Chico está vindo justamente para isso. Para dizer se a Menina Francisca realmente tem condições de ser beatificada", disse o jornalista.
Sites da igreja Católica alertam que não se deve confundir beatificação com canonização, pois a beatificação é uma etapa no processo de canonização. A canonização pode ocorrer mais tarde, sendo a beatificação apenas uma primeira etapa, mas não menos importante no processo.
A questão da beatificação da Menina Francisca deve ser tratada com todo cuidado. A Igreja é muito criteriosa nestes processos. Analisa com cuidado a vida do candidato, suas virtudes cristãs, as circunstâncias de sua morte, os milagres que lhe são atribuídos. Não basta a crendice popular em torno de um pretenso santo. Há um caso conhecido no México de um criminoso que é tido como santo pelo povo, que faz promessas para ele, que lhe atribui milagres e cuja capela é objeto de romaria. Mas parece que a sua vida não foi tão santa assim. Não é o caso, claro, da Menina Francisca. O povo acredita nas suas virtudes cristãs, mas isso terá que ser provado. Seria ótimo para nós ter um santo aqui tão perto. Mas não se deve criar uma falsa expectativa, para não termos uma decepção posterior. Que os interessados na causa procurem saber o que tem que ser provado e comecem a reunir elementos para provar que Francisca atende os requisitos da Igreja. Há um processo para provar que a pessoa viveu as virtudes cristãs em grau heróico ou sofreu o martírio por causa da fé. Concluído este processo, o candidato é considerado venerável. No caso de se provar que o candidato viveu as virtudes cristãs em grau heróico, é aberto um novo processo em que se deve provar um milagre que tenha ocorrido com invocação do candidato. Provado este milagre ele será beatificado. No caso de martírio não se abre o segundo processo. A beatificação vem em seguida. Um processo final deverá ser aberto para provar um milagre que justifique a canonização. Este milagre tem que ter ocorrido depois da beatificação. Aprovado este segundo milagre, o candidato será declarado santo, no chamado processo de canonização. Os processos são muito lentos e talvez nossa geração não os veja chegar ao fim, no caso da Menina Francisca. Padre Anchieta morreu em 1597, mas só em 1980 (trezentos e oitenta e três anos depois) foi beatificado. Quase trinta anos depois, continua beato. O primeiro santo nascido no Brasil, Santo Antônio Galvão, morreu em 1822, foi beatificado em 1998 e só em 2007 foi canonizado. (LG)
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Noticiário da Câmara de Patos
A Câmara continua no recesso branco de que só deverá retornar após as eleições.