domingo, 27 de janeiro de 2008

REGISTROS
  1. Estamos, eu e Arlene, rindo à toa. Artur, quinto filho meu e segundo dela, passou no vestibular de Medicina da UFPB. Foi o décimo segundo lugar. Como nós, também comemoram Dr. Eduardo Lemos (meu ex-aluno) pelo filho Eduardo Júnior, e Secundino Trindade pelo filho Arthur, ambos aprovados no Vestibular de Medicina (24º e 25º lugar). Entre, outros patoenses, claro, que comemoram a vitória dos seus filhos nesta e outras áreas. Por sinal, o primeiro lugar de Medicina e 2º de todo o Vestibular também seria patoense: Cássio Lins Gil de Farias.
  2. Quem está aniversariando na próxima quarta-feira, 30 de janeiro, é o companheiro radialista, meu cunhado e compadre Aécio Nóbrega. Recebe os parabéns da mãe dona Maria Nóbrega, da esposa Madalena, dos filhos Poliana, Poliesse (minha afilhada) e Anderson, do neto David, dos oito irmãos e doze sobrinhos. Também os meus.

MAIS UMA VITÓRIA.

Seu Antônio e Dona Constantina nasceram na zona rural de Patos há uns noventa anos atrás. Com muito esforço aprenderam a ler. Naquela época, na zona rural os alunos estudavam uma série de livros. Primeiro livro, segundo livro, terceiro, quarto e quinto livro. Cada um correspondia a mais ou menos uma série atual, mas podia ser vencido em menos de um ano, em um ano ou em mais tempo. Dependia do interesse do aluno e da disponibilidade do professor que tomava as lições. Seu Antônio só estudou o primeiro livro, mas aproveitou um mestre que passava pela região e aprendeu as quatro operações, frações e regra de três. Simples e composta, acreditem. Dona Constantina foi mais longe estudou até o quinto livro. Os conhecimentos reduzidos de “seu” Antônio foram ampliados pela leitura. Ele lia tudo que lhe caísse nas mãos: folhetos de cordel, pedaços de jornal, páginas de revistas. Jornais e revistas muitas vezes utilizados como papel de embrulho, nos estabelecimentos onde ele trabalhava. Com o pouco que aprendeu foi balanceiro na bolandeira de Cícero Torres, na Pia, e depois caixeiro em uma venda dos Pereiras na Quixaba. Neste povoado conheceu Dona Constantina que, com seu primário quase concluído e o gosto pela leitura, virara professora de primeiras letras. “Desasnou” um bocado de gente, entre ele, Dr. Alcides Candeia.

Casados preferiram morar em Patos onde teriam mais chance de criar os filhos que viriam. Nasceram cinco, dos quais conseguiram criar três. Apesar de seus próprios horizontes limitados tinham a percepção que só o estudo faria com que os filhos tivessem uma vida menos sacrificada do que a que eles próprios tiveram. Educar os filhos passou a ser uma obsessão. Mas o estudo em Patos, para quem não podia pagar no Diocesano e no Cristo Rei, se limitava ao curso primário oferecido pelos grupos escolares Rio Branco e Coriolano de Medeiros e algumas escolas isoladas. A oportunidade de educar o mais velho surgiu com a inauguração de um seminário em Cajazeiras. O sonho das famílias católicas era ter um filho padre. E se não chegasse a se ordenar o rapaz, pelo menos, estudava. E foi o que aconteceu com Luiz. Depois de cursar o primeiro e o segundo ano no Coriolano de Medeiros, fez um apressado terceiro com uma professora particular em Patos e conseguiu passar no teste para o quarto ano no Seminário. Ali fez o quinto ano e passou para o ginásio tendo cursado os quatro anos que o habilitaram a fazer o Científico no Diocesano e depois Estadual de Patos.

A filha mais nova, Fátima, aproveitou a chance que lhe foi oferecida por uma tia que era freira e morava em Timbaúba (PE). Ali concluiu o primário e o ginásio, vindo concluir as duas primeiras séries do científico no Colégio Estadual de Patos.

Leda, a filha do meio, continuou a estudar em Patos e terminou o ginásio também no Colégio Estadual, à época já implantado em Patos.

Luiz fez dois concursos no Banco do Brasil, sendo aprovado no segundo deles. Com isso pode ajudar Fátima a começar o curso de Medicina na Universidade Federal da Paraíba, onde concluíra o Científico no Colégio Universitário. O curso foi concluido na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Encaminhada Fátima, Luiz também se formou cursando Jornalismo e depois Direito, na Universidade Católica e Federal de Pernambuco, respectivamente. Leda só concluiu o pedagógico e virou mãe de família.

Dona Constantina não viu nenhum dos filhos formados, mas viu Fátima fazendo Medicina e Luiz funcionário do Banco do Brasil. Seu Antônio viu coroados os esforços dele e da esposa com dois dos filhos formados.

Leda teve um casal de filhos, sendo que um se formou em Agronomia e outra em Veterinária. Ambos fizeram Mestrado e estão em vias de concluir o Doutorado. Fátima não teve filhos mas apoiou Leda na educação dos seus. Luiz teve seis filhos. Deles três já formados. Uma em Farmácia, hoje doutora e professora da UFPB, outro formado em Farmácia e Bioquímica é funcionário público federal em Natal. A terceira fez Fisioterapia e trabalha em Brasília. O quarto termina Direito na UFPB em março. O quinto me deu (afinal, Luiz sou eu), a mim e à mãe, uma grande alegria esta semana. Foi aprovado no Vestibular de Medicina da UFPb. Artur Nóbrega Lucena, Lima de Morais como “dona” Constantina e “seu” Antônio, ficou em décimo segundo lugar. A sexta filha é especial, não tem a facilidade que os outros tiveram. Todos, entretanto, (filhos e netos) herdamos de “seu” Antônio e “dona” Constantina o gosto pelo estudo e a paixão pela leitura. Talvez nesta última (a paixão pela leitura) tenhamos a responsável maior pelo sucesso no estudo.

Onde estiverem, “seu” Antônio e “dona” Constantina devem estar rindo à toa. Valeu o seu esforço. O seu sonho está se tornado realidade. Daquele agricultor, depois comerciário e, por fim, escrivão de polícia e daquela agricultora, professora leiga e depois dona de casa, quase todos os descendentes estão formados. A leitura e o estudo estão nos fazendo vitoriosos. A eles dedicamos mais esta vitória. De um neto com quem ela, falecida em 1973, nem sonhou (conheceu apenas os dois primeiros) e que ele, morto em 1996, mal conheceu. E, por coincidência, Fátima, a primeira a se formar, e Artur, o último a optar, como a tia e madrinha, escolheram a Medicina. E ela, como ele, ficaram entre os primeiros. (LG)

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BATALHÃO DE BOMBEIROS DEVE GANHAR NOVO QUARTEL ESTE ANO.

O Quarto Batalhão Bombeiro Militar, sediado em Patos, deve ganhar este ano o seu novo quartel. O atual é muito acanhado e com a independência do Corpo de Bombeiros deverá haver recursos para construir o novo quartel, cujo terreno foi doado há vários anos pelo empresário Daniel Moreira, o Daniel da Coroa. (LG)

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TRE ARQUIVOU PROCESSOS CONTRA VEREADORES PATOENSES.

Pelo menos dois vereadores patoenses que trocaram de partido depois do prazo determinado pelo TSE, se livraram de perder os mandatos por infidelidade partidária: Zefinha das Bolsas e Expedito Simões, o Pipi. Como os suplentes que pediram a cassação dos seus mandatos também eram infiéis, o TSE entendeu que não eram parte interessada no pedido e mandou arquivar os processos. Como terminou o prazo para novos interessados fazerem novo pedido, só o povo de Patos é poderá cassar Zefinha e Pipi, nas eleições deste ano. Falta o Tribunal Regional decidir o caso do vereador Marcos Eduardo, também acusado de infidelidade. Ou mandá-lo também para o julgamento popular. (LG)

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LADRÃO DEU AZAR EM PATOS. FOI SURPREENDIDO PELO PRÓPRIO COMANDANTE DO BATALHÃO.

Um ladrão deu azar esta semana, em Patos, quando tentava furtar uma moto. O comandante do Batalhão, coronel Guimarães, passava pelo local e achou a atitude do “indivíduo” suspeita. Quando o interpelou, o ladrão correu, mas os policiais acionados pelo coronel conseguiram prendê-lo. Segundo se comenta o referido indivíduo tem ficha das mais sujas. (LG)

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