domingo, 13 de maio de 2007

QUAL SERÁ A PRÓXIMA BATALHA?
GIASSP e outras entidades programaram uma reunião de avaliação para a noite desta sexta-feira. Unidas na defesa da implantação da Faculdade de Medicina em Patos, as entidades iriam avaliar a derrota e a possibilidade de recursos judiciais. Eu não sei se detectaram alguma falha no processo decisório. Todo mundo sabe que Thompson Mariz manipulou os votos daqueles representantes que são dependentes dele e o resultado não poderia ser outro que não a vitória de Cajazeiras. Se não houve falha formal no processo, não há porque espernear. Inês é morta.
Só parcialmente concordo com avaliação do vereador/deputado Bonifácio Rocha de que Patos cuidou tardiamente de entrar na luta pela Faculdade de Medicina. Sousa entrou na disputa há quase tanto tempo quanto Cajazeiras e só conseguiu um voto no Colegiado Pleno da UFCG. Para mim, a avaliação correta foi feita pelo deputado Dinaldo Wanderley em pronunciamento na Assembléia Legislativa. Quem determinou o resultado final do processo foi a manipulação feita pelo Reitor Thompson Mariz. O Reitor simplesmente tinha na mão os trinta votos que foram destinados para Cajazeiras e usou-os como queria. Todos sabemos que tais representantes são eleitos pela comunidade de professores, funcionários e alunos, mas muitos deles foram eleitos em chapas apoiadas pelo Reitor e continuam a girar em torno dele. De independentes poucos poderão se arvorar. A maioria deles são meros áulicos do governante de plantão.
Como a decisão do Colegiado é soberana, entendemos que pouco poderá ser feito. Seja na área judicial, seja na área política. Não adianta chorar sobre o leite derramado. Temos é que “partir para outra”.
O companheiro Virgílio Trindade, em seu programa Radar, esta semana, lembrou um outro objetivo pelo qual poderemos lutar a partir de agora.
Existe um projeto de criação de uma Universidade do Sertão. Seria uma entidade que reuniria todos os campi universitários do Sertão: Patos, Sousa, Cajazeiras, Pombal e Iraporanga. O nosso objetivo, segundo propõe Virgílio, seria lutar, a partir de agora, para que Patos fosse escolhida como sede da Universidade do Sertão. E a luta seria não dentro da Universidade de Campina Grande, onde quem manda, por enquanto, é Thompson Mariz. O que ele menos quer é perder poder. Seria a nível de Congresso Nacional e de Ministério da Educação. Claro que nós partimos em certa desvantagem por não termos representantes no Congresso, mas poderíamos nos pegar com o Senador Efraim Morais que é da região e com todos os deputados federais que não têm vínculo mais próximo com Sousa e Cajazeiras. A reitoria da Universidade do Sertão seria uma espécie de prêmio de consolação para Patos, mas representaria um capital importantíssimo para o futuro. Ao invés das regras serem ditadas por Campina Grande, seriam ditadas a partir de Patos e, esperamos, que com democracia e não com a autocracia com que agiu Thomson Mariz.
Concordo em gênero, número e grau com o companheiro Virgílio Trindade. Não vale a pena chorar sobre o leite derramado. Vamos lutar agora pela Universidade do Sertão. Com ela ganhará todo o Sertão e Patos, com justiça, ganhará também o seu quinhão. Afinal, uma luta de duzentos anos, de nossos pais e avós, para fazer de nossa cidade a mais importante de todo o Sertão, não será frustrada pelos “Thompson Mariz da vida”. Mesmo com a derrota recente, continuamos com todos os méritos a ser a maior cidade universitária do Sertão. Está aí a nossa Francisco Mascarenhas com quase cinqüenta anos e onze cursos superiores, além dos que estão em implantação. Além, claro, dos cursos, por enquanto, vinculados à UFCG. Mas queremos mais. Queremos o acesso à Universidade Pública para todos aqueles que não podem pagar uma escola particular. Por isso a luta continua. Vamos em frente.

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